ABSTRACT
Objetivos: Comparar a influência do descolamento posterior do vítreo parcial com o total nos resultados cirúrgicos de olhos fácicos submetidos à cirurgia para correção de descolamento regmatogênico da retina com retinopexia pneumática, retinopexia e introflexão escleral ou vitrectomia via pars plana. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo mascarado observacional de uma série consecutiva de setenta e cinco olhos fácicos com descolamento regmatogênico da retina e rotura em "ferradura". Estes olhos foram avaliados por meio de exame oftalmológico, incluindo ultrassonografia B dinâmica para a análise pré-operatória da interface vítreo -retiniana posterior. A decisão sobre a técnica cirúrgica foi tomada sem o conhecimento dos resultados da ultra sonografia, sendo que olhos sem vitreorretinopatia proliferativa foram submetidos à retinopexia pneumática, retinopexia e introflexão escleral ou vitrectomia via pars plana e os olhos com vitreorretinopatia proliferativa foram submetidos à vitrectomia via pars plana. Os pacientes foram divididos em dois grupos conforme o resultado da ultra-sonografia pré-operatória: descolamento posterior do vítreo parcial e total. Foram analisados e comparados entre os grupos o sucesso anatômico primário e final, o índice de reoperações e a acuidade visual final corrigida. Resultados: Dos setenta e quatro pacientes (75 olhos) recrutados para o estudo, 61 (62 olhos - 81,3 por cento) completaram 12 meses de acompanhamento pós-operatório. Dezoito olhos foram submetidos à retinopexia pneumática (9 com descolamento posterior do vítreo parcial e 9 com total), 15 à retinopexia e introflexão escleral (8 com descolamento posterior do vítreo parcial e 7 com total) e 17 à vitrectomia via pars plana com e sem introflexão escleral associada(5 com descolamento posterior do vítreo parcial e 12 com total) (au)